Thursday, February 2, 2012

Salvatore Ferragamo

Resolvi fazer a primeira postagem sobre a maraca Salvatore Ferragamo pois poucos conhecem e  na minha e de muitas pessoas pelo mundo é uma marca verdadeiramente fantastica.
Salvatore Ferragamo foi um artista em sintonia com o clima cultural de seu tempo. Inspirado, dedicou sua vida à arte dos sapatos. Para ele, assim como para sua marca, um pé bem calçado podia valer mais do que mil palavras. Perfumes e acessórios merecem destaque na elegante coleção de sua luxuosa grife, caracterizada por sofisticação, beleza, conforto e arte. Apesar de morto há mais de 50 anos, o sucesso dele perpetua-se pelo sucesso da sofisticada grife que leva o seu nome.

A história
Nascido em 5 de junho de 1898, em Bonito, vilarejo rural a 100 quilômetros de Nápoles, na Itália, Salvatore Ferragamo desde pequeno mostrou ter uma vocação: a de fazer sapatos. Aos onze anos foi aprendiz de sapateiro trabalhando junto com Luigi Festa, com que aprendeu tudo sobre a profissão, e aos 13 anos abriu uma sapataria em sua cidade natal, onde não se limitou a fazer reparos e confeccionar botas de fazendeiros, mas também desenhar modelos exclusivos e literalmente criar moda para os pés femininos. Perspicaz, o designer escolheu um domingo para inaugurar sua loja, que ficava exatamente em frente à igreja local. Depois da missa, uma pequena multidão de curiosos se aproximou e o sucesso foi imediato, apesar das piadas sobre a idade do pequeno empreendedor. Em 1912, aos 14 anos, o designer já contava com clientes nas cidades vizinhas e seis assistentes na loja. Foi quando, mais uma vez, sentiu que podia ampliar os horizontes e partir em busca de novos desafios. Dessa vez, embarcou rumo aos Estados Unidos para juntar-se aos irmãos mais velhos.


Decepcionado com a qualidade e o acabamento dos sapatos produzidos em série nas grandes fábricas de Boston, onde um de seus irmãos trabalhava, Salvatore foi ao encontro dos outros parentes em Santa Bárbara, na Califórnia, próximo aos grandes estúdios de cinema. A partir daí, abriu uma pequena loja para confecção e reparos de sapatos, passou a produzir modelos para figurino de cinema e, de quebra, começou a receber encomendas de calçados sob medida das maiores estrelas de cinema da época, como Ava Gardner, Marilyn Monroe e Greta Garbo. Enquanto isso, em sua constante busca por “sapatos que se ajustassem perfeitamente” ele estudou anatomia humana, engenharia química e matemática na Universidade de Los Angeles. Salvatore foi obrigado a se mudar para Hollywood por causa de sua clientela e lá abriu sua famosa Hollywood Boot Shop em 1923. Os personagens mais célebres do cinema foram seus clientes, e a Salvatore foram dados os apelidos de “sapateiro das estrelas” e “sapateiro dos sonhos”. Seu sucesso foi tamanho que a loja não conseguia acompanhar a demanda de pedidos e a mão-de-obra americana não podia confeccionar os sapatos com a qualidade que ele queria.


Assim, em 1927, ele decidiu voltar para a Itália, estabelecendo-se em Florença, cidade tradicionalmente riquíssima em artesanato. No ano seguinte estabeleceu uma primeira fábrica de sapatos totalmente confeccionados à mão, com uma equipe de 60 artesãos treinados diretamente pelo mestre, e uma loja no Palácio Spini Feroni. Lá, o sonho de um homem se transformou em uma empresa que passou a produzir mais de 350 pares de sapatos por dia. A fama de seus calçados, apreciados pela beleza e comodidade dos modelos e por sua refinada elaboração, se estendeu por toda Itália e pela Europa, fazendo do Palácio Spini Feroni, ponto de parada internacional dos atores de cinema.


Mas foi nos anos 30 e 40 que Salvatore mostrou a sua verdadeira inovação, desenvolvendo sapatos com novos materiais como celofane e cortiça, tudo graças à escassez do couro que tomou o mercado na época. Com a crise na Europa, ele começou a utilizar materiais mais baratos, como o cânhamo, a palha e os primeiros materiais sintéticos. Sua principal invenção foi uma palmilha compensada. Ele ficou conhecido por não gostar da produção em série porque acreditava que cada par deveria ser desenhado em detalhes. Sempre pensando no conforto, suas criações eram, além de belas, anatômicas. Assim como os grandes nomes do design inventou novas formas, baseando-se nas necessidades funcionais e estéticas, como o solado inclinado de cortiça, de 1937, projetado para dar maior estabilidade. O salto Anabela, de 1938, é outra prova disso. Sempre conectado com o mundo contemporâneo, Ferragamo era particularmente interessado em arte, design e arquitetura. O sapato que ele criou em 1939, por exemplo, com salto alto em mosaicos, remete a tendência da arquitetura utilizada no interior dos edifícios na época. O estilo dele era também caracterizado pelo forte uso de cores. Sua paleta de cores era composta por tons fortes e ousados, quebrando os padrões da época, que utilizavam as cores bege, branco e preto.


Apesar das sandálias de ouro, das plataformas multicoloridas, das sandálias romanas com tiras que se amarravam e dos sapatos com salto-agulha de metal, esses últimos imortalizados por Marilyn Monroe, o primeiro grande sucesso de Ferragamo foi a sandália invisível, de 1947, feita, em parte, com fios de náilon. A criação lhe rendeu naquele ano o prêmio Neiman Marcus (importante premiação de moda norte-americana que, até então, nunca havia sido concedida a um designer de sapatos). Outro destaque de sua carreira foi a sandália Calipso, produzida com tiras de cetim pretas, em 1955. Nessa época a marca SALVATORE FERRAGAMO era um verdadeiro sucesso.


Até 1957, o gênio italiano havia criado mais de 20 mil modelos e registrado 350 patentes. O estilista morreu no dia 7 de agosto de 1960, mas sua família continua à frente do ateliê, no Palazzo Spini Feroni, um prédio de características medievais que até hoje é mantido como sede da empresa, erguido em 1289 na Via Tornabuoni. Seus seis filhos e sua mulher Wanda herdaram o gosto pela perfeição e mantêm viva a história do pai dando continuidade ao trabalho artesanal, reeditando clássicos e lançando a partir dos anos 90 coleções de lenços, cosméticos, perfumes, óculos, prêt-à-porter e acessórios para homens e mulheres, um velho sonho do mestre Salvatore. Além disso, esta época foi marcada pelo início de uma forte expansão da marca no continente asiático, com inaugurações de lojas em Hong Kong e Xangai.


O crescimento contínuo do Grupo Ferragamo, que, em manobra pioneira, adquiriu a sofisticada grife francesa Emanuel Ungaro em 1996 e, desde 1997, também dirige três hotéis em Florença, permitiu que os mais de 20 herdeiros, entre filhos, primos e netos, participem ativamente dos negócios. Recentemente, em 2009, a marca ampliou sua rede de lojas para mais de 550 unidades, incluindo 19 novas lojas inauguradas em aeroportos. O crescimento continuou no ano seguinte, puxado principalmente pelos mercados asiáticos, especialmente a China, fazendo com que a marca italiana superasse US$ 1 bilhão em faturamento.


A linha do tempo
1920
● Criação das sandálias romanas, com tiras que se amarram nos tornozelos.
1938
● Criação do salto Anabela.
● Criação da sandália Maharani, inspirada nas célebres sandálias feitas para a princesa de Cooch Behar.
1948
● Inauguração de sua primeira loja nos Estados Unidos localizada na Quinta Avenida em Nova York.
1949
● Lançamento da primeira bolsa da grife.
1955
● Lançamento dos primeiros lenços de seda da grife italiana.
1958
● Criação de um modelo de bolsa onde aparecia pela primeira vez o fecho GANCINO, que se tornaria uma das marcas registradas da grife italiana.
1965
● Lançamento de sua primeira coleção de roupas femininas.
1970
● Lançamento das primeiras coleções de sapatos masculinos.
1978
● Lançamento do sapato feminino VARA, que se tornaria o modelo mais famoso da marca.
1998
● Lançamento de sua primeira coleção de armações de receituário e óculos solares para mulheres e homens através de uma parceria com a Luxottica.
● Lançamento de seu primeiro perfume chamado SALVATORE FERRAGAMO POUR FEMME.
● Lançamento de uma fragrância masculina.
2002
● Lançamento do perfume masculino SUBTIL.
2003
● Lançamento do perfume INCANTO.
● Lançamento dos primeiros cosméticos e produtos para o corpo.
● Inauguração de lojas âncoras nas cidades de Nova York e Tóquio.
2004
● Lançamento da coleção de óculos PICNIC, que teve como base um memorável par de sapatos criado em 1938, coberto de flores coloridas de ráfia bordadas à mão.
● Introdução do serviço personalizado de fabricação sob medida de sapatos masculinos.
2006
● Lançamento do perfume feminino F by FERRAGAMO. A versão masculina foi lançada no ano seguinte.
2007
● Lançamento de uma sofisticada linha de relógios.
● Lançamento do perfume feminino F for FASCINATING.
2008
● Lançamento da nova fragrância unissex, a TUSCAN SOUL, um perfume que é oferecido sob a forma de produtos para o banho, exclusivamente para quem voa pela Singapore Airlines desde 2006, e que chegava às lojas em todo mundo.
2009
● Lançamento da nova coleção de óculos.
● Lançamento de ECO FERRAGAMO, uma linha de bolsas feitas a partir de uma técnica de coloração livre de metais poluentes. O couro é tingido com uma tinta derivada da casca de árvores por meio de um processo certificado pelo Instituto Alemão SG. As bolsas são também biodegradáveis e resistentes à água. A marca decidiu revestir as bolsas dessa linha com cânhamo fiado à mão, já que o cânhamo é resistente e não requer o uso de pesticidas. A linha é composta de cinco bolsas nas cores tabaco, amarelo limão e rosa. As bolsas estão disponíveis em todas as lojas da marca a preços que variam de US$ 1.190 a US$ 1.890.
2010
● Lançamento do perfume feminino ATTIMO (que significa “instante” em italiano).
● Lançamento projeto RED CARPET, uma iniciativa que permite as clientes da grife personalizarem seus sapatos, escolhendo entre seis estilos que vão desde escarpins a sandálias. As consumidoras poderão escolher entre 23 cores diferentes de cetim, além de acrescentar às suas criações um monograma personalizado. O processo leva cerca de seis semanas.


A arte
Salvatore Ferragamo foi o primeiro artista a produzir sapatos feitos à mão em grande escala. E a manufatura de sua oficina, instalada em Florença desde 1927, continua impecável: até hoje o couro é cortado à mão e cada peça passa cinco dias sendo moldada. Atualmente a fábrica produz mais de 11 mil pares de sapatos por dia. É quase impossível não achar um de seus modelos que fique perfeito nos pés. Audrey Hepburn (foto) e Carmem Miranda eram clientes fiéis. Marlene Dietrich nunca repetia um modelo mais de duas vezes. Greta Garbo chegou a encomendar 70 pares de uma vez. Andy Warhol e a eterna Princesa Diana também eram clientes assíduos da marca.


Sua aptidão de trabalhar com os mais variados materiais e sua incrível habilidade técnica e artística, fizeram com que a marca introduzisse e eternizasse novidades do segmento dos calçados. Abaixo algumas das matérias-primas mais utilizadas por SALVATORE FERRAGAMO:
Tecido pintado à mão
Os sapatos eram fabricados em tecidos e levados a um artista que imprimiria sobre eles uma imagem da escolha do cliente: o animal favorito, jogos de cartas, cenas famosas de Londres, Paris, Nova Iorque ou Roma, árvores, pássaros, flores, castelos. O efeito era fascinante e o custo extremamente baixo, considerando o alto padrão artístico e pelo fato de que, não importava quão comum fosse o estilo do sapato, as pinturas davam um toque de glamour a uma criação única e exclusiva.
Materiais baratos
A seleção de materiais mais baratos, conseqüência da escassez do couro e tecidos mais nobres, tornou-se cada vez mais comum na indústria de calçados e vestuário a partir de 1935 e durante a guerra. Foi durante este período que Ferragamo desenvolveu algumas de suas mais belas e inovadoras criações, demonstrando uma incrível habilidade em trabalhar com materiais diversos, que testavam sua criatividade e técnica impecável. Cortiça, papel celofane, lã, algodão, fios de malha, ráfia e linho bordado. Entre outras criações patenteou o uso, na parte que cobre o dorso do pé, o feltro reforçado e o solado feito de resíduos de seda prensados.
Couro
Salvatore freqüentemente usava couro em suas criações, principalmente de cabra. A pele era tingida numa extraordinária variedade de cores e combinada com outros materiais, como couro de lagarto ou cetim, para os sapatos de noite. O couro de boi era especialmente utilizado para calçados casuais e de inverno.
Peles exóticas
No final dos anos 20, a demanda por peles exóticas aumentou significativamente. Na maioria das vezes, eram combinadas com materiais polidos, camurças, couro de vitela e cabra, além das imitações em pele de cobra, que apareceram regularmente nas criações de Ferragamo, nos anos 20 e 30. A recuperação da economia após a guerra levou ao retorno dos bens de luxo e acessórios de peles finas, principalmente crocodilo e lagarto. No final dos anos 50, muitas peles também foram utilizadas, especialmente de jaguatirica, girafa e zebra.
Plástico
Resinas de vinil eram cada vez mais utilizadas na produção de calçados e acessórios, saltos e solados, pela flexibilidade do material, variedade de cores possíveis e resistência. Em 1955, Salvatore, que fazia uso constante do vinil, lançou a inovadora sola transparente e invisível.
Escamas de peixe
Durante a década de 1920 novos materiais foram explorados para criar diferentes efeitos. No final desta década os chamados “couros do mar” foram inventados. As peles de peixe eram preparadas de forma especial e seu tamanho reduzido exigia grande habilidade no manuseio e no design do sapato. Desde 1928, a grife italiana utilizava pele do sea-leopard, um peixe encontrado nas águas do norte. Com a guerra, esse material desapareceu do mercado, sendo reintroduzido por Ferragamo em 1954.
Solas e saltos brilhantes
Saltos em aço ou bronze foram utilizados nos sapatos da marca desde a década de 20. Mas eles estiveram no auge da moda, sobretudo nos anos 50. Em 1955, a marca apresentou uma série de criações importantes. Uma delas foi o salto metalizado em várias cores, revestido com uma lâmina de alumínio, a outra era uma espécie de gaiola no calcanhar, oca e leve, mas bastante resistente. A terceira, e ainda mais engenhosa, era um salto adornado com pedras preciosas, ouro, prata ou metal, cuidadosamente feito à mão. Mas a invenção mais extraordinária foi o solado de metal que Ferragamo desenvolveu em 1956, quando foi chamado para criar o sapato mais caro que já havia produzido: uma sandália em ouro 18 quilates.
Palha e ráfia
O uso de fibras vegetais e palha na confecção de calçados não era exatamente uma novidade, mas antes de Ferragamo reavivá-los, no início dos anos 30, o material havia caído em desuso. Quando se instalou em Florença, a indústria de palha, uma das atividades mais prósperas da cidade, inspirou a reintrodução do uso deste material em calçados. A favorita de Ferragamo era a ráfia, uma fibra derivada da folha de uma palmeira do leste africano, que o designer explorava em suas criações de luxo. A inovação proposta foi a adotar essa trama para a parte do dorso do pé, essencialmente nas coleções de verão. Em 1950, palha e ráfia estavam em falta, sendo gradualmente substituídas pelas fibras sintéticas. Ferragamo favoreceu a disseminação de um tipo específico de ráfia sintética chamada “pontovo”, produzida principalmente em Bonito, sua cidade natal.
Celofane
Com as guerras, as indústrias calçadistas e de vestuário, foram obrigadas a encontrar materiais substitutos para a confecção dos produtos. “Meu primeiro grande desafio foi encontrar um substituto de alta qualidade para pele de cabra. Experimentei muitos materiais, mas nenhum foi satisfatório. Foi então que, numa manhã de domingo, eu encontrei a solução. Minha mãe gostava muito de chocolates, e neste dia eu havia comprado uma caixa de bombons. Ao desembrulhar o chocolate, fiquei encantado com o papel transparente e pensei: aqui pode estar o substituto que eu tanto procurava”. Isso marcou o início da produção de sapatos da SALVATORE FERRAGAMO em papel celofane, trabalhado freqüentemente em composições com algodão e outros materiais.


A criatividade de Ferragamo contribuiu para o sucesso do design e da moda italiana com invenções que mudaram a história do calçado e que ainda são fontes de inspiração para os estilistas. As criações dele foram perpetuadas pelos seus filhos, em particular Fiamma, que desenvolveu uma gama de sapatos e acessórios que se tornariam os emblemas mais conhecidos da marca.


O museu
O Museo Salvatore Ferragamo é um museu privado, dedicado à história da empresa SALVATORE FERRAGAMO, a vida de seu fundador, e suas criações: as peças de calçados, síntese de busca da estética e de técnicas artesanais inovadoras. Inaugurado no mês de maio de 1995, o museu nasceu por iniciativa da família Ferragamo com a intenção de disponibilizar ao público, estudiosos e, sobretudo, os jovens, as qualidades artísticas do estilista e o importante papel que desempenhou na história do setor de calçados e também da moda internacional. Seus estudos sobre a anatomia do pé e sobre as formas o levaram a inventar o “método Ferragamo”, uma técnica de artesanato de calçados revolucionária.


O museu está localizado no centro histórico de Florença na Itália. Está instalado no segundo piso do Palácio Spini Feroni, situado na Rua Tornabuoni, nº 2. No térreo encontra-se a atual loja da SALVATORE FERRAGAMO e pela entrada principal do palácio, através de uma escadaria se tem acesso ao museu que fica no andar superior. São fotografias, patentes, rascunhos, livros, revistas e fôrmas em madeira de pés famosos, além da exibição bienal da coleção com mais de 10 mil modelos de sapatos, expostos em rodízio, ordenados cronologicamente e colocados em estantes transparentes que garantem a conservação e correta exposição, para contar de forma única a história da marca e do estilista. A coleção de calçados do museu documenta a intensa atividade desenvolvida por Salvatore Ferragamo desde seu regresso a Itália em 1927 até 1960, ano de sua morte. A coleção manifesta a capacidade técnica e artística de Salvatore, que na escolha das cores, na fantasia dos modelos e na experimentação dos materiais, ofereceu uma contribuição fundamental ao desenvolvimento e a firmação do conceito “Made in Italy” no mundo.


Alguns modelos demonstram o contato entre Salvatore Ferragamo e os artistas da época, tal como o pintor futurista Lucio Venna, autor de quatro esboços da conhecida etiqueta de calçados Ferragamo; outros provam sua contínua experimentação em busca da perfeita aderência do calçado ao pé, e na invenção de detalhes e materiais, desde a famosa sola de cunha de cortiça, patenteada em 1936 e imediatamente copiada por todo o mundo, até a utilização da ráfia, pele de peixe e celofane, que foi usada por ele durante o período da Segunda Guerra Mundial. Não foi por acaso que Salvatore Ferragamo ao regressar para a Itália dos Estados Unidos, se instalou em Florença. Suas belezas, seu passado, seus monumentos, o artesanato ativo, constituem um patrimônio que pertence não somente a Itália, mas ao mundo inteiro. Cidade da arte, Florença é um símbolo também de elegância e do estilo italiano. Para quem, como Ferragamo, havia levado seu ofício a uma atividade artística, não existia lugar melhor para estabelecer-se e organizar seu próprio trabalho e sua vida privada. Por tudo isso, Florença é parte integrante da cultura da marca SALVATORE FERRAGAMO, tal como é o Palácio Spini Feroni, a sede do museu.


O hotel
O hotel-boutique da grife SALVATORE FERRAGAMO, chamado PORTRAIT SUITES, está localizado na cidade de Roma em um palazzo na via Condotti. São apenas catorze quartos (entre suítes, estúdios e uma cobertura gigante), tão únicos e caprichados que levaram, em 2006, o European Hotel Design Awards, um dos prêmios mais cobiçados da hotelaria européia, na categoria melhor design de quarto e banheiro. A decoração, que leva muito mármore, madeira e até, acredite se quiser pele de javali, utiliza fotos de astros do cinema e objetos ligados à sétima arte. Anexo, uma loja masculina da marca, e um terraço de onde se pode admirar a Piazza di Spagna e o Monte Quirinale, uma das famosas sete colinas de Roma.


Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1928
● Fundador: Salvatore Ferragamo
● Sede mundial: Florença, Itália
● Proprietário da marca: Salvatore Ferragamo Finanziaria S.p.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária)
● Chairman: Wanda Ferragamo
● CEO: Michele Norsa
● Presidente: Ferrucio Ferragamo
● Estilista: Massimilano Giornetti
● Faturamento: US$ 1.03 bilhões (2010)
● Lucro: US$ 80.2 milhões (2010)
● Lojas: 578
● Presença global: 80 países
● Presença no Brasil: Sim (5 lojas)
● Funcionários: 2.600
● Segmento: Moda e calçados de luxo
● Principais produtos: Sapatos, roupas, bolsas, gravatas, cintos e perfumes
● Ícones: Os luxuosos sapatos
● Website: www.salvatoreferragamo.it

A marca no mundo
Atualmente a marca possui 578 lojas localizadas em 80 países, apresentando produtos que englobam de sapatos, roupas, bolsas, echarpes, até gravatas, óculos, relógios e perfumes, tanto femininos como masculinos. Com faturamento superior a US$ 1 bilhão em 2010, a SALVATORE FERRAGAMO se transformou em um dos mais importantes impérios da moda italiana. Mundialmente, a América do Norte responde por 26.4% da receita da empresa, a região da Ásia-Pacífico representa 25.6%, e Europa 25.5%. O Japão é responsável por 19.3% das vendas e as Américas do Sul e Central compõem a fatia restante com 3.2%.

Você sabia?
● À SALVATORE FERRAGAMO foi concedida a primeira patente de uma criação de moda, em 1937.
● Os perfumes, assim como os outros produtos, são “made in Italy” e exportados para as 13.000 perfumarias que comercializam SALVATORE FERRAGAMO.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 6/5/2011

Spring Summer 2012


Por:Gustavo Figueiredo

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